O que são campos rupestres e campos de altitude nos topos de montanha do leste do Brasil?
Um tema muito importante que poucas pessoas sabem e até mesmo alguns biólogos, que é o conceito dos campos rupestres e de altitude, você sabe?
Campos rupestres na Serra do Cipó - MG. Foto: Anannda Tonini. |
VAMOS DESCOBRIR...
Este artigo científico que vamos apresentar foi feito pelo nosso grande amigo Marcelo Ferreira de Vasconcelos, que no qual ele explica os conceito e a diferença dos campos rupestres e de altitude nos topos de montanha do Leste do Brasil.
Como explicamos antes em outras postagens, esse novo formato de postagem apresentamos o básico do artigo e no final sempre terá o PDF para vocês baixarem e lerem ele completo.
O que são os campos rupestres e campos de altitude?
Os campos rupestres e os campos de
altitude do leste do Brasil ocorrem nas partes mais elevadas da Cadeia do
Espinhaço, da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar. Uma vez que há certa
confusão sobre a caracterização e os limites geográficos destes dois tipos de
vegetação, o objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese das opiniões
sobre tais ambientes campestres, discutindo sobre a história de suas
denominações, localização geográfica, aspectos fisionômicos e afinidades
biogeográficas. Embora os campos rupestres e os campos de altitude apresentem
certas semelhanças fisionômicas e compartilhem alguns táxons vegetais, ambos os
tipos de vegetação devem ser considerados distintos.
Qual a diferença entre os campos rupestres e campos de altitude?
Em um âmbito geral, os campos rupestres ocorrem principalmente
acima de 900m de altitude, em montanhas cujas rochas são de origem
pré-cambriana que foram remodeladas por movimentos tectônicos a partir do
Paleógeno, estando associados, principalmente, a afloramentos de quartzito,
arenito e minério de ferro. Esses campos encontram-se distribuídos
principalmente ao longo da Cadeia do Espinhaço, embora áreas isoladas desse
tipo de vegetação também sejam encontradas nas serras Chapada dos Veadeiros e
Serra dos Pirineus, ambas em Goiás, e Serra da Canastra, no Sudoeste de Minas
Gerais ou em montanhas da região de São João Del Rei (Serra do Lenheiro),
Tiradentes (Serra de São José) e Itutinga, em Minas Gerais, estas três últimas
consideradas como pertencentes à Serra da Mantiqueira, mas com geologia e
afinidades florísticas mais relacionadas aos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço.
Já os campos de altitude são típicos dos pontos mais elevados de
montanhas que se soergueram principalmente durante o Terciário (Serras do Mar e
da Mantiqueira), estando geralmente situados acima de 1.500m de altitude e
associados a rochas ígneas ou metamórficas, como granito, gnaisse e, no caso particular
de Itatiaia, nefelino-sienito. Uma exceção é representada pelos campos de
altitude do Parque Estadual da Serra do Mar, no Núcleo Curucutu, que ocorrem em
cotas mais baixas, entre 750m e 850m de altitude. Alguns autores citados no
artigo sugeriram que a altitude não seria determinante para a ocorrência desse
tipo de vegetação, mas uma combinação de fatores, tais como condições
topográficas, proximidade do oceano e circulação atmosférica.
Para saber mais a fundo tudo sobre o que são e qual diferença entre os campos rupestres e de altitude baixe o PDF no link abaixo:
https://www.scielo.br/j/rbb/a/NtJHnxHwwzyDGsFrcjCWPwk/?format=pdf&lang=pt
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