PODEMOS BEBER A ÁGUA DA CHUVA?
Muitas pessoas nas grandes e pequenas cidades possuem a mesma dúvida: a água da chuva é potável para beber?
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Imagem de Akhil Kokani por Pixabay |
Água da chuva, beber ou não beber?
Quando estamos em época de seca, ai vem a cabeça, se poderia ter estocado a a água da chuva nos períodos de chuva. Ainda mais se for um período de seca longo e drástico. Mas será que podemos coletar essa água para consumo?
Em cidades grandes como São Paulo e
Rio de Janeiro, por exemplo, a água da chuva já chega ao solo com mais
contaminantes do que a chuva do campo ou litoral. O motivo é simples, o ar dos
grandes centros urbanos é bem poluído e, na formação das nuvens, várias
substâncias presentes na atmosfera são agregadas na nuvem.
“A chuva do campo costuma ser rica em
cálcio e potássio vindos do solo. No litoral os temporais devolvem o sódio que
evaporou com o sal da água do mar”, alerta Adalgiza Fornaro, profissional da
área de química da Universidade de São Paulo. Com isso, mesmo em regiões com o
ar mais limpo, a água da chuva chega ao solo com diversas substâncias que
interferem na qualidade, impossibilitando o consumo.
Mas, e se a pessoa beber a água da chuva em regiões com o ar mais limpo, como no campo?
O que acontece é que, por uma questão de saúde e segurança, nenhum órgão pode classificar a água da chuva como potável, pois muitas substâncias podem ser transportadas pelo ar e tornar a análise praticamente impossível em pontos mais afastados. Para compreendermos como é difícil este acompanhamento, pesquisas recentes de USP indicam que a poluição gerada em São Paulo pode ser encontrada no ar a mais de 350 quilômetros de distância.
Água da chuva no campo e na cidade
Como explicado, a água da chuva tem um risco de ser consumida, pois carrega várias substâncias que podem ser prejudiciais para nós. Então antes de consumir, pense duas vezes, e tente consultar um órgão responsável para saber mesmo se você pode consumir está água, como exemplo a Agência Nacional das Águas (ANA).
Referência
K.P.C. Vollhardt e N.E. Schore. Química Orgânica; estrutura e função; 4 ed. Trad. Ricardo Bicca de Alencastro et al. Porto Alegre, Bookman, 2004. p.92.
Ainda não vi nenhuma reportagem sobre perfuração de poços artesianos ao lado de cemitérios,o que tenho visto com frequencia,será que a agua da chuva é mais nociva.
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