O QUE É E QUANDO COMEÇA A PIRACEMA?
O período
da Piracema é de extrema importância para a manutenção das espécies aquáticas e
dos estoques pesqueiros e seu desrespeito configura crime ambiental.
O QUE É A PIRACEMA?
As temperaturas do ar e da água, mais quentes, contribuem para o processo já que criam um “ambiente” propício para o desenvolvimento dos ovos. A subida do rio é fundamental para desencadear uma produção maior de hormônios e um gasto calórico que irá possibilitar a desova. Após a “corrida” contra a correnteza, as fêmeas despejam seus óvulos nas águas no mesmo momento em que os machos soltam o sêmen.
Esse período é conhecido como fase de
“defeso”, termo utilizado para explicar a medida que defende os seres aquáticos
nos momentos de maior vulnerabilidade das espécies, quando estão em fases de
fecundação e desenvolvimento.
Nesse período é proibida a pesca, já que essa fase de fecundação é crucial para manter as espécies e, por conseqüência, os estoques pesqueiros.
Nesse período é proibida a pesca, já que essa fase de fecundação é crucial para manter as espécies e, por conseqüência, os estoques pesqueiros.
Comerciantes e pescadores
profissionais precisam declarar à Secretaria do Meio Ambiente de seus estados
os estoques de pescados in natura, resfriados ou congelados sob suas responsabilidades
durante esse período. Caso não cumpram a lei, a multa pode variar de R$ 1 mil a
R$ 100 mil, ou pode haver a penalização com detenção prevista pela Lei Estadual
nº 9.096, de 16 de janeiro de 2009 e pela Lei Federal nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998. É possível consultar a data de início e fim do “defeso” em
cada bacia hidrográfica brasileira no sitedo Ibama.
Infelizmente, todos os anos,
quantidades enormes de pescados são apreendidas, já que a atividade muitas
vezes é feita sem seguir as normas ambientais. Como comerciante ou consumidor
final, uma das formas de garantir que não se está sendo cúmplice e contribuindo
com um crime ambiental é exigir notas fiscais e declarações de estoque com
carimbos do Ibama no momento da compra. Isso garante que a pesca do animal foi
feita segundo as leis ambientais.
A CONSERVAÇÃO DOS PEIXES
Os peixes enfrentam um
conjunto de problemas. Como todos os organismos viventes, os peixes sofrem
mudanças em seus habitats causadas diretamente ou indiretamente pelas
atividades dos seres humanos. Além disso, espécies que tem fase larval ocupam habitats
distintos durante a vida e são vulneráveis às mudanças em seus habitats específicos.
Diferente da maioria dos vertebrados, muitos peixes têm extrema importância
comercial como alimento e grandes industrias são estruturadas na captura dos
peixes. Outras espécies de peixes são capturadas para o comércio de animais de
aquário, algumas vezes, por métodos de coleta que destroem seus habitats. Como
resultado esses fatores, muitas espécies de peixes que eram até comuns tem sido
levadas à beira da extinção, assim que os seres humanos descobrem novos usos
importantes para algumas espécies.
Peixes de água doce
Cerca de 40 por cento
das espécies de peixes vive nas águas doces do mundo, e todas elas estão
ameaçadas pela alteração e pela poluição de lagos, rios e das corredeiras. As
drenagens, as represas, a canalização e a mudança dos cursos dos rios criam habitats
que não são capazes de sustentar os peixes nativos. Talvez, a mais ameaçada das
espécies de peixe seja uma com a menor distribuição dentre os vertebrados. O pequeno
Cyprinodon diabolis (Figura 3) que vive em um
único lago, em uma porção especial do Monumento Nacional do Vale da Morte, ao
sul de Nevada. Enquanto seu habitat possui 17 metros por 3 metros de área, esta
espécie passa toda sua vida na superfície, coberta de algas, com somente 18 m 2
de área.
Embora nenhuma outra espécie seja tão limitada em sua distribuição, muitos outros peixes da região estão limitados a u m único lago ou nascente. A atividade humana na região está ameaçando esta pequena espécie e outros peixes isolados. Fazendeiros locais e cidades, tão distantes quanto Las Vegas, estão bombeando água do aquífero que abastece os lagos. A água nos aquíferos é fóssil - ela estava lá desde o final das glaciações do Pleistoceno - e não é reposta pelas chuvas ou pelo derretimento da neve. A retirada de água fóssil é como a do petróleo; o nível cai até que toda a reserva acabe. Os níveis dos lagos estão caindo; e, ao menos que os aquíferos sejam protegidos, o habitat deste pequeno ciprinídeo irá secar e a espécie será extinta.
Embora nenhuma outra espécie seja tão limitada em sua distribuição, muitos outros peixes da região estão limitados a u m único lago ou nascente. A atividade humana na região está ameaçando esta pequena espécie e outros peixes isolados. Fazendeiros locais e cidades, tão distantes quanto Las Vegas, estão bombeando água do aquífero que abastece os lagos. A água nos aquíferos é fóssil - ela estava lá desde o final das glaciações do Pleistoceno - e não é reposta pelas chuvas ou pelo derretimento da neve. A retirada de água fóssil é como a do petróleo; o nível cai até que toda a reserva acabe. Os níveis dos lagos estão caindo; e, ao menos que os aquíferos sejam protegidos, o habitat deste pequeno ciprinídeo irá secar e a espécie será extinta.
Peixes marinhos
O modo reprodutivo da
vasta maioria dos teleósteos marinhos - ovos que são deixados no ambiente sem
investimento parental posterior - faz o manejo da pescaria comercial extremamente
complexo. Os ovos tendem a ser pequenos, em relação ao tamanho dos peixes
adultos, e são produzidos em números prodigiosos. Uma vez que os ovos pelágicos
são liberados, muitos eventos determinam quantos deles sobreviverão. Alguns
deles sempre são perdidos pela predação de peixes filtradores, mas eventos
relacionados ao clima são menos previsíveis.
A água muito quente, ou muito fria, pode matar ou interromper o desenvolvimento dos ovos e das larvas. Alterações nas correntes oceânicas, produzidas pela ação do vento e de fenômenos globais, tais como o El Niño e La Niña (aquecimento ou resfriamento das águas do Pacífico central) afetam a abundância de nutrientes e a quantidade de microplâncton. Já que tantas variáveis estão envolvidas, o número de indivíduos que se reproduzem em um dado ano (tamanho da reserva reprodutiva) não tem qualquer relação com o número de indivíduos na geração seguinte. Assim, um período de reprodução, rico em adultos reprodutores, pode produzir poucos descendentes que irão sobreviver até o próximo período, se os fatores ambientais impedirem a sobrevivência dos ovos, das larvas ou dos juvenis. Inversamente, sob condições excepcionalmente favoráveis, alguns poucos adultos reprodutores podem produzir um grande número de descendentes que sobrevivem até a maturidade.
A água muito quente, ou muito fria, pode matar ou interromper o desenvolvimento dos ovos e das larvas. Alterações nas correntes oceânicas, produzidas pela ação do vento e de fenômenos globais, tais como o El Niño e La Niña (aquecimento ou resfriamento das águas do Pacífico central) afetam a abundância de nutrientes e a quantidade de microplâncton. Já que tantas variáveis estão envolvidas, o número de indivíduos que se reproduzem em um dado ano (tamanho da reserva reprodutiva) não tem qualquer relação com o número de indivíduos na geração seguinte. Assim, um período de reprodução, rico em adultos reprodutores, pode produzir poucos descendentes que irão sobreviver até o próximo período, se os fatores ambientais impedirem a sobrevivência dos ovos, das larvas ou dos juvenis. Inversamente, sob condições excepcionalmente favoráveis, alguns poucos adultos reprodutores podem produzir um grande número de descendentes que sobrevivem até a maturidade.
Referência
POUGH, F. Harvery; JANIS, Christine M; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São Paulo, 2006.
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