Descubra outras aranhas que podem ser perigosas e que podem viver na sua casa
Você provavelmente sabe dos riscos de aranhas como Armadeira, Viúva-negra. Mas estas também se deve tomar cuidado, mesmo não tendo um veneno potente, causam acidentes.
VAMOS DESCOBRIR...
No Brasil, os textos técnicos, na sua grande maioria, somente vêm dando atenção aos acidentes devidos às aranhas consideradas de interesse médico, como aqueles causados por Loxosceles, Phoneutria e, mais recentemente, por Latrodectus.
"Outras aranhas - Pelo número de espécies que picaram, assinaladas por estarem sublinhadas nas listas, segundo constatação do Hospital Vital Brazil, verifica-se que chega a 43 (espécies) somente no município de São Paulo, podendo-se imaginar como devem ser numerosos os casos não só no Brasil como em todo o mundo.
Infelizmente, porém, pouco ainda se sabe, por falta de dados clínicos ou fisiopatológicos dos venenos, quais as possíveis conseqüências desses acidentes".
Infelizmente, porém, pouco ainda se sabe, por falta de dados clínicos ou fisiopatológicos dos venenos, quais as possíveis conseqüências desses acidentes".
EPIDEMIOLOGIA DAS ARANHAS
É freqüente que pacientes, ou seus acompanhantes, procurem, atendimento com autodiagnóstico, referindo "picada de aranha". Vários casos nos Estados Unidos relataram que 80% de histórias parecidas indicavam somente que era picadas de outros artrópodes.
Falando agora a respeito de acidentes causados pelas aranhas migalomorfas, caranguejeiras mais comumente conhecidas verificaram que essas foram responsáveis por cerca de 1% do total de acidentes causados por aranhas diversas, registrados no HVB, período 1966-1991.
QUADRO CLÍNICO
Os acidentes causados por Lycosa, que são conhecidas comumente como aranha-da-grama, provocam dor discreta e transitória no local da picada que, na maioria das vezes, evidencia apenas marcas de picada. Edema e eritema leves são descritos em menos de 20% dos casos.
As caranguejeiras provocam acidentes com pequenas repercussão. Quando manipuladas ou irritadas, lideram pelos que, atingindo a pele, provocam quadros dermatológicos irritativos e ou alérgicos, são relatados por dor leve no local, eritema e edema pouco exuberantes. A regressão do quadro ocorre em 1 a 2 horas, não sendo relatados acidentes humanos graves.
TRATAMENTO CONTRA O VENENO
O tratamento geralmente não é necessário. Eventualmente, a dor poderá ser controlada com analgésicos orais e mais raramente com anestesia local. Na presença de manifestações alérgicas, o tratamento depende da intensidade: caso mais leves podem regredir espontaneamente, e processos mais intensos devem ser tratados com anti-histamínicos, corticosteróides e adrenalina.
Então mesmo não sendo aranhas de interesse médico outras aranhas podem causar casos clínicos, as vezes de pouca relevância e as vezes graves, mas que devem ser levados em conta.
OUTRAS ARANHAS COMUNS
Muitas outras espécies de aranhas vivem próximas ao homem, pode ser dentro das casas, construções próximas ou nos jardins e arredores. Raramente causam acidentes e quando ocorrem não são graves, apenas apresentando manifestações locais. Vejam sete outras espécies:
1 - ARANHA-DE-PRATA
Espécie com ampla distribuição desde os Estados Unidos até a Argentina. As fêmeas apresentam colorido prateado em sua face dorsal e o abdome tem formato exótico. Fazem teias geométricas entre a vegetação.
2 - ARANHA-REDONDINHA
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Achaearanea tepidariorum. Fonte da imagem: The original uploader was Patrick0Moran at English Wikipedia., CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons |
Espécie de distribuição cosmopolita. Fazem suas teias irregulares principalmente nos cantos das paredes e deixam cair seguras pelo fio de seda. Têm abdome bem redondo e as fêmeas medem ceca de 1 cm de comprimento total, os machos são bem menores.
3 - ARANHA-CORREDORA-NOTURNA
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Cheiracanthium inclusum. Imagem de Brett Hondow por Pixabay |
Espécie com ampla distribuição desde os Estados Unidos até a Argentina. É comum em cachos de uva, onde faz uma teia densa e provoca acidentes picando os lábios ou as mucosas da boca no momento da ingestão da fruta.
4 - TECEDEIRA DOURADA
Esta aranha encontro várias delas em parques urbanos. Foto: Cleverson Felix |
Espécie, de distribuição ampla, dos Estados Unidos à Argentina. Fazem grandes teias geométricas, às vezes de uma copa de árvore para outra, com uma coloração dourada no qual recebe o nome comum. As tecedeiras douradas vivem entre vários indivíduos juntos, dando a impressão de uma teia única. As fêmeas, bem maiores que os machos, têm colorido esverdeado com tufos de pelos negros nas pernas. O tamanho das fêmeas é de até 3 cm de corpo, porém o tamanho varia bastante, os machos são muito menores, medindo alguns milímetros.
5 - MARIA-BOLA
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Repare o macho logo acima, bem pequeno comparado a fêmea. Nephilingis cruentata. Fonte da imagem: LinaLouvem, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons |
Espécie que ocorre na África e nas Américas. Fazem grandes teias frequentemente utilizando como apoio as construções humanas.
6 - CAVALEIRO-DAS-CASAS
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Essas aranhas todos conhecem, aquela que fica no canto das paredes. Pholcus phalangioides. Fonte da imagem: Daniel Ullrich, Threedots, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons |
Espécie cosmopolita. Apresentam um corpo relativamente pequeno de cerca de 10 mm em relação às suas longas patas, principalmente as segundas que podem ser cinco ou seis vezes mais longas que o corpo. São frequentemente nas moradias humanas e proximidades, fazendo uma teia irregular e frágil nos cantos escuros. Quando molestadas vibram a teia em movimentos rápidos.
7 - ARANHA-CUSPE-TEIA
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Imagem de Ernesto Rodriguez por Pixabay |
Espécie de ampla distribuição introduzida no Brasil. Aranhas de tamanho pequeno, com cerca de 10 mm de corpo. Caçam jogando um jato de teia com cola, para imobilizar a sua presa.
Referência
CARDOSO, João Luiz Costa; FRANÇA, Francisco Oscar de Siqueira; JÚNIOR, Vidal Haddad; MALAQUE, Ceila Maria Sant' Ana; WEN, Fan Hui. Animais Peçonhentos no Brasil, Biologia, Clínica e Terapêutica dos acidentes. Editora: Sarvier. 2009
CARDOSO, João Luiz Costa; FRANÇA, Francisco Oscar de Siqueira; JÚNIOR, Vidal Haddad; MALAQUE, Ceila Maria Sant' Ana; WEN, Fan Hui. Animais Peçonhentos no Brasil, Biologia, Clínica e Terapêutica dos acidentes. Editora: Sarvier. 2009
Eu tenho um pequeno machucado no meu braço que coça, desde sábado (21/08)
ResponderExcluirEle cresceu um pouco mas não sinto dor..
Pesquisei no google e nada, Pensei que poderia ser picada de aranha noturna ou até mesmo algum bicho sapecador
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