DESCUBRA O LÓRIS, O ÚNICO PRIMATA VENENOSO DO MUNDO!

Infelizmente está ameaçado. Pelo tráfico de animais e por vídeos no YouTube.

Fonte da imagem: Wikipedia/Autor: David Haring / Duke Lemur Center/A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada

VAMOS DESCOBRIR...

Nycticebus é um gênero de primata da família Lorisidae, pertencente a infraordem lêmure (Lemuriformes), também conhecido como "Slow Loris". É o único gênero de primatas venenosos e atualmente algumas espécies correm o risco de entrar para a lista de animais em extinção, principalmente por conta do tráfico e venda ilegal.

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Os lóris (Nycticebus sp.) são extremamente bem adaptados à vida noturna: possuem grandes olhos e andam lentamente pelos galhos das árvores para não atrair a atenção de presas e predadores. Encontrado somente na Ásia, é o único primata venenoso do mundo, capaz de matar um homem adulto com uma mordida. Mesmo assim é fácil encontrar no YouTube vídeos de pessoas que os mantêm em casa, e é impossível não simpatizar com os pequenos mamíferos. Mas esses vídeos podem estar prejudicando os animais.

O gênero Nycticebus é constituído de várias espécies de primatas noturnos da subordem Strepsirrhini. Encontrados no Sudoeste Asiático e áreas fronteiriças, seu habitat alcança desde Bangladesh e nordeste da Índia até o Arquipélago de Sulu nas Filipinas a leste, e da província de Yunnan na China ao norte até a ilha de Java ao sul. 

Existem ao menos oito espécies de slow loris validadas atualmente: 

- O sunda slow loris (N. coucang);
- bengal slow loris (N. bengalensis); 
- pigmeu slow loris (N. pygmaeus);
- slow loris de Java (N. javanicus); 
- slow loris de Bornéu (N. menagensis);
N. bancanus;
N. borneanus; 
N. kayan

Os seus parentes mais próximos são os Lóris (Slender Loris) da Índia austral e Sri Lanka. Em segundo lugar na escala de parentesco vêm os lorisids africanos, os Pottosfalsos Pottos e os angwantibos. Seus parentes mais distantes são os vários tipos de galago e os lêmures de Madagáscar.

Todas as espécies de Lóris são ameaçadas tráfico de animais selvagens e perda de seu habitat. Seus habitats estão desaparecendo rapidamente e se fragmentando; demandas insustentáveis desses animais como bichos de estimação exóticos e também para usos medicinais locais têm sido as maiores causas de seu declínio populacional. Seu uso medicinal tem sido popularizado por crenças nos poderes sobrenaturais dos Lóris, como por exemplo, sua capacidade de espantar espíritos malignos e curar feridas. Apesar de leis locais que proíbem o comercio de Lóris e produtos dos mesmos, e ainda proteção contra tráfico ilegal fornecida pelo Appendix I, os Lóris continuam sendo comercializados abertamente em mercados de animais no sudeste da Ásia ou contrabandeados para outros pais, como por exemplo o Japão.

CONSERVAÇÃO DO PEQUENO LÓRIS


Cada uma das espécies do Nycticebus, que haviam sido identificadas antes de 2012, estão atualmente classificadas como vulneráveis ou em perigo na lista vermelha, tendo em conta seu estado de conservação, da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN em inglês).

Quando eram todos considerados uma única espécie (na falta de dados precisos sobre sua população), e devido à sua regular ocorrência no sudoeste asiático, eram combinados de forma errônea para causar uma impressão de serem comuns. Três novas espécies ainda estão sendo avaliadas pelo IUCN, embora antes fossem cogitadas como parte de sub-populações da espécie Nycticebus menagensis - que foi classificada como vulnerável em 2008. Com esta divisão de sua gama de espécies, o N. menagensis e as três novas espécies enfrentam um risco de extinção maior do que antes.

Desde 2007, todas as espécies de Lóris já são protegidas do comércio internacional sob apêndice da I CITES. No entanto, o gênero de primatas ainda é ameaçado pelo comércio ilegal, local e internacional. Pesquisas analisam as densidades populacionais existentes e a viabilidade de habitats para todas as espécies. A conectividade entre as áreas protegidas é importante pois esses primatas não são adaptados à travessia de longas distancias.

Populações de N. bengalensis e de N. coucang não estão se adaptando bem em jardins zoológicos. Em 2008, dos 29 indivíduos em cativeiro em zoológicos norte-americanos, vários são híbridos sem a capacidade de procriar, sendo estereis, enquanto a maioria já passou da idade de reprodução. O último nascimento em cativeiro para estas espécies na América do Norte foi em 2001, em San Diego. N. pygmaeus estão se saindo melhores em zoológicos norte-americanos. Desde o final da década de 1980 (quando foram importados) até 2008, a população cresceu em 74 indivíduos, com a maioria deles nascendo no zoológico de San Diego.

Referências
Sites: Loris-conservation. Wikipédia.

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